“Looney Tunes’ Blueprint for Bringing Legacy Brands to TikTok” foi o título da palestra apresentada por Jason Mitchell (da agência de social media Movement Strategy) e Ashley Woodall (da Warner Bros. Discovery).
A dupla apresentou o case do Looney Tunes, que emergiu do esquecimento após uma bem sucedida carreira nos anos 90 e 2000, e hoje em dia figura entre os produtos mais rentáveis do TikTok.
Como personagens que possuem mais que o dobro da idade do seu público fazem tanto sucesso? Simples: porque os autores por trás do processo têm uma compreensão única e moderna da cultura, do conteúdo e das comunidades TikTok. Esse mix de características únicas do desenho animado, somado às ferramentas peculiares da plataforma – como vídeos curtos e memes – fez com que a turma quase centenária do Pernalonga, Patolino, Gaguinho e Frajola conquistasse mais de 1 milhão de seguidores orgânicos em menos de cinco meses.
Muita viralização, reposts e engajamento formam a receita tríplice do sucesso da marca junto a um público cada vez mais jovem.
Sobre a 2° palestra do dia
Ele é o chefe do ChatGPT e VP de Produtos da OpenAI. Ninguém menos que Peter Deng (que já passou por marcas como Instagram, Uber e Airtable), acompanhado de Josh Costine (VC de Consumo da Signal Fire), esteve no SXSW para conduzir a sessão “Co-evolução da IA e da humanidade”.
Qual o papel dos seres humanos em tempos de IA? Quais as implicações práticas e filosóficas desta tecnologia? Ela mudará a forma como nos vemos? Por fim: estamos todos destinados a nos tornarmos engenheiros imediatos ou artistas felizes desempregados?
Peter é o grande destaque do momento porque representa a ferramenta que abriu ao mundo as portas da IA. Como insights de uma entrevista pra lá de divertida e apimentada, fica a lição de que, se usado com parcimônia, o ChatGPT pode ampliar horizontes e desbravar universos nunca antes experimentados.
E a grande dúvida do momento: o que fazer com o tempo salvo a partir do uso desta tecnologia disruptiva? Relaxar ou trabalhar ainda mais?
Para Peter, aqui entra o chamado livre-arbítrio, a possibilidade de otimizar a rotina e voltar o olhar a outros interesses, seja para lazer ou para business.
E para finalizar o dia, duas sessões acompanhadas pelo nosso time no SXSW 2024 reforçaram o potencial dos jogos eletrônicos em criar experiências envolventes, atraentes e memoráveis para as marcas.
A primeira – “Play as Brand Strategy” – trouxe os executivos da Adobe (Damon Guidry), Lyft (Nikki Martinez), HiHelloSura Innovation (Sura Al-Naimi) e Cogs & Marvel (Gregory Schram) para falar ao público sobre a abrangência desta ferramenta, que abrange todas as faixas etárias. Assim, como a experiência lúdica faz parte do nosso desenvolvimento e de nosso comportamento, isso permite às marcas explorarem este tipo de tecnologia para os mais diversos fins.
A segunda sessão – “The Next Frontier in Entertainment, Gaming, and Tech” se encarregou de apresentar algumas lições aprendidas pelos fundadores do Rotten Tomatoes (Patrick Lee), Kabam (Holly Liu), Rapport.cloud (Sheri Bryant) e GGWP (Kun Chao).
Entre as dicas entregues para a audiência, estava a necessidade do denominado “foco laser”. Mas o que seria isso? Um filtro e um afunilamento do que eles costumavam fazer nas mídias usuais, levando ao público um material mais mastigado e refinado. Esse olhar apurado gerou uma legião de fãs atrás das revisões de filmes do Rotten Tomatoes, criando uma grande comunidade, que é a base deste negócio.
A segunda dica é: não começar pensando no time, e sim no script e em um plano de onde se quer chegar, pois é esse detalhamento que direcionará a escolha quanto à contratação dos colaboradores. Por fim, trabalhar com ferramentas de marketing, a fim de detectar o appeal dos temas escolhidos para os jogos e promover o match definitivo com o seu público-alvo.
